"Voa alto, voa longe; o teu objectivo: o céu, o teu alvo as estrelas..."

Anónimo


quarta-feira, 29 de abril de 2009

Real e a Fotografia

Neste trabalho pretendi abordar o problema do real na fotografia.
Pretendi abordar um pouco da evolução da fotografia: inicialmente com espelho da realidade e posteriormente como construtora de novas realidades, de novas formas de pensar. A fotografia passou a representar a realidade interna de cada fotógrafo, a forma como cada um vê o mundo e a forma como se integra nele.

Real ou Irreal











“Imagens têm o propósito de representar o mundo. Mas ao fazê-lo interpõem-se entre o mundo e o Homem. O seu propósito é serem mapas do mundo, mas passaram a ser biombos.”

(Flusser 2002)

Numa sociedade contemporânea que é exposta por todo o lado por imagens existe a constante dúvida do que é real ou não devido à subtileza cada vez maior na manipulação destas mesmas imagens. A fotografia deixou de ser a “janela” para a realidade, passando a ser a “janela” para novas realidades, novos mundos criados pela nossa imaginação. É essa a ideia que pretendo transmitir com as minhas imagens, ver através da mesma janela diferentes realidades, diferentes “mundos”.
Pretendo por em questão: qual delas é real? Qual das janelas contêm a imagens real por de trás?
Esta questão fica em aberto para diferentes respostas podendo mesmo levar à conclusão de que nenhuma é real.

A Carta





Todas as cartas são momentos passados, momentos perdidos no tempo. Um corte preciso de um sentimento que é recordado quando é lido.


A CARTA é um trabalho constituído por quatro fotografias que pretendem representar o corte temporal entre o envio de uma carta (duas primeiras fotos) e a recepção da mesma (duas últimas fotografias).
Este trabalho foi inspirado no trabalho de Duane Michael, sendo este também uma narrativa da história de uma carta desde o momento em que esta é escrita até ao momento em que é lida, remetendo de novo ao momento em que é escrita através da quarta fotografia.

Biblioteca Almeida Garret













Santiago de Compostela






















terça-feira, 28 de abril de 2009

segunda-feira, 27 de abril de 2009

CORPO NA NATUREZA



Através das minhas imagens pretendi criar e transmitir uma harmonia entre o Corpo Humano e a Natureza. Harmonia esta que era representada pelos antigos através de deuses, ninfas e faunos protectores da Natureza, e que nos tempos actuais se procura tanto de forma espiritual como de forma ecológica. Não pretendi invocar um lado erótico às minhas imagens. Fotografando partes do Corpo Humano inseridos na natureza quis apenas que ele se misturasse na Natureza quase como se fizesse parte desta, de uma forma teatral, contudo sem que o Corpo Humano perdesse a sua identidade.